quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Opção de Leitura



Em Luzes da África, Haroldo Castro oferece um olhar positivo sobre uma região do planeta que, ainda hoje, é mal conhecida por “falta de profundidade da mídia, interesses políticos dos países mais ricos ou continuidade da mentalidade colonial”.
Descrição
Longe dos clichês da miséria e da guerra, o livro é um fascinante relato de aventuras e apresenta com lucidez e agilidade uma percepção peculiar sobre um continente de surpresas. A expedição levou pai e filho a participarem de rituais sufis no Sudão, a compreenderem as últimas etnias nativas da Etiópia, a testemunharem leoas esquartejando uma presa na Tanzânia e a degustarem cogumelos selvagens em Angola. Como escreve Gilberto Gil no prefácio, a África é “um continente digno e nobre”, “fonte inesgotável de alegria e júbilo”, “que os brasileiros abraçam em sua avivada herança”.


Reggae e Hip Hop

O Reggae e o Hip Hop são culturas predominantemente jovens que surgem na contemporaneidade e se configuram como movimentos sociais, mas podem também estimular apenas a formação de tribos urbanas. Ambos possuem elementos pan-africanistas, visualidades muito características e levam suas mensagens através da arte (música, moda, pintura).


A origem do termo Reggae é incerta, podendo ter surgido da palavra rege, que segundo o dicionário jamaicano significa pessoa maltrapilha, ou discussão, confusão. Já outras fontes afirmam que o termo viria do latim, da palavra regi, que significa “para o rei”. A sonoridade desse estilo musical tem um ritmo marcado e uma batida característica, sendo uma expressão suave e muito dançante. Grande parte do movimento Reggae se baseia em idéias da religião Rastafári. Seus fiéis acreditam em Jeová, nome bíblico para Deus, denominado por eles como Jah, uma contração da palavra original. O movimento surgiu na primeira metade do século XX na Jamaica, proclamando o imperador etíope Hailê Selassiê como o messias, o representante de Deus na Terra, aquele que lideraria o povo negro a uma terra de liberdade e justiça divina.


Já o Hip Hop, se define em 4 elementos principais: a dança, a poesia, a grafitagem e o conhecimento. Nos bairros nova-iorquinos onde nasceu o Hip Hop (Brooklyn, Queens e Bronx) eram precárias as condições de educação, saúde, moradia e empregabilidade, expondo os jovens a uma condição marginal. O break dance surgia como uma tentativa de reverter a violência entre as gangues, assim também a dança propunha uma crítica à guerra do Vietnã, com passos que simulavam soldados feridos e máquinas de guerra. Logo após o estabelecimento das competições de dança entre os B-Boys (Break Boys – dançarinos de break), surgiu também a figura dos DJ’s de cada equipe, incluindo a música nas “batalhas”. Outro elemento fundamental da cultura Hip Hop é a poesia, criada a partir da base sonora do Hip Hop é chamada de Rap (rhythm and poesy). O graffiti consiste em desenhos e pinturas, de diversos estilos, feitos em muros e paredes das cidades, com sprays, rolinhos e pincéis, em geral são representações do cotidiano urbano.

Prancha Reggae e Hip Hop - frente e verso:




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Poema ressaltando a importância da presença dos negros em nosso País

"Grande Deus, Mestre Supremo, autor da criação,
Da – me a Vossa sabedoria, com a força da inspiração,
Para homenagear a Raça Negra, sem nenhuma exageração.
A Raça Negra é a força viva, que mantém a nossa nação
E trabalha pelo Brasil em toda a dimensão.
A Raça Negra mostrou ao mundo, o nosso grande valor,
No samba e no futebol, nós somos superior.
A Raça Negra colabora em todas as atividades
Fazendo o Brasil crescer com muita tenacidade.
A Raça Negra no Carnaval, dá um show de verdade
Mostrando ao mundo nosso bom gosto e a nossa capacidade.
A raça Negra e a Raça Branca, numa miscigenação
Formou a linda multa para a nossa admiração
A Raça Negra é a criadora, da famosa feijoada,
Servida nos Restaurantes quartas feiras e sábado
De uma maneira apreciada.
A Raça Negra é a alavanca que movimenta o progresso
E eleva o Brasil, num grandioso sucesso.
A Raça Negra é forte, seu trabalho é varonil,
Ela faz parte integrante da historia do Brasil.
Por isso a Raça Negra deve ser muito respeitada
Se Não fosse a Raça Negra, o Brasil não seria nada."

Contribuição da cultura africana no Brasil


O português que falamos no Brasil tem muitas palavras de origem africana. Isso acontece porque - principalmente durante o período colonial - os negros foram trazidos da África como escravos, para trabalhar na lavoura.

Os africanos trouxeram consigo sua religião - o candomblé - e sua cultura, que inclui as comidas, a música, o modo de ver a vida e muitos dos seus mitos e lendas. Trouxeram ainda as línguas e dialetos que falavam.

Muitas palavras vêm de diferentes povos do continente, como os jejes e os nagôs (que falavam línguas como o fon e o ioruba).

Saber o encontro do português com línguas, povos e culturas africanas e indígenas é fundamental para a compreensão do chamado português brasileiro. Identificar os traços lingüísticos atribuídos ao contato do português com as línguas africanas que aqui aportaram no período da colonização. As palavras de origem africana que se perpetuaram no território brasileiro constituem uma maneira de conceituar e categorizar a realidade.

· Acarajé: bolinho de feijão frito (feijão fradinho).
· Abará: bolinho de feijão.
· Berimbau: instrumento de percussão com o qual se acompanha a capoeira
· Quiabo: fruto de forma piramidal, verde e peludo.
· Samba: dança cantada de origem africana de compasso binário ( da língua de Luanda, semba = umbigada).
· Zumbi: fantasmas.

Artigo publicado pelo jornal Folha de S.Paulo (26/04): As relações crescentes entre Brasil e África.

O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva disse certa vez que "o Brasil tem uma responsabilidade moral e ética para com o continente africano".
Ele também teve a generosidade de reconhecer que o Brasil foi construído em cima do "trabalho, do suor e sangue de africanos" levados para o outro lado do Atlântico no comércio de escravos. Da população brasileira atual, 51% não é branca. Cinco países africanos falam a mesma língua que o Brasil.
O Brasil e os países africanos de língua portuguesa (Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tome e Príncipe, Moçambique e Angola) fazem parte da mesma instituição, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O Brasil foi responsável pela criação da Cúpula América do Sul-África (ASA), que teve sua primeira reunião na Nigéria, em 2006, a segunda na Venezuela, em 2009, e a terceira em 2011 na Guiné-Bissau. A Cúpula tem por objetivo fomentar a cooperação "na governança, no desenvolvimento rural, comércio, investimentos e infra-estrutura".
Hoje o Brasil tem mais missões diplomáticas na África do que tem o Reino Unido. Apenas entre 2003 e 2010, o Brasil abriu 17 novas embaixadas na África e visitou 23 países africanos. A presidente atual, Dilma Rousseff, visitou três países africanos em seu primeiro ano no poder (Angola, Moçambique e África do Sul).
A visita da presidente foi seguida pouco depois pela de seu ministro do Comércio, Fernando Pimentel. A presidente também criou o Grupo de Trabalho da África para dar continuidade a questões relacionadas à cooperação Brasil-África.
No lado africano, o presidente da Tanzânia esteve no Brasil na terceira semana de abril. Em março, o presidente de Cabo Verde também visitou o país. Muitos líderes africanos, incluindo o primeiro-ministro da Etiópia, já confirmaram sua participação na conferência da ONU Rio + 20, marcada para junho no Rio de Janeiro.
Vistas em perspectiva, as relações entre África e Brasil estão se aprofundando e alargando ao mesmo tempo.

O BRASIL EM UM TERRITÓRIO NOVO
Esta semana o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, esteve na Etiópia, onde se reuniu com o primeiro-ministro da Etiópia e discutiu as áreas de cooperação bilateral. Patriota também se reuniu com o vice-primeiro-ministro e o ministro do Exterior da Etiópia e assinou uma série de acordos bilaterais que vão reforçar a posição do Brasil e assegurar sua parceria com a Etiópia.
De acordo com o Itamaraty, a visita de Patriota reflete o fortalecimento dos laços bilaterais desde a abertura da embaixada brasileira em Adis Abeba, em 2005.
Meles Zenawi, o primeiro-ministro da Etiópia, saudou o engajamento intensificado do Brasil com a África e deseja que isso aumente. Ele pediu especificamente que Brasil e Etiópia cooperam nas áreas de energia renovável, desenvolvimento de infraestrutura e pesquisas agrícolas.
Delineando o interesse do Brasil, o chanceler Patriota falou do comércio e o investimento, de um lado, e dos assuntos regionais e globais do outro.
A visita do ministro Patriota à Etiópia foi um marco no contexto mais amplo das relações Brasil-África, na medida em que Adis Abeba é a sede diplomática da África e a Etiópia é a economia em crescimento mais acelerado no continente.
De acordo com a The Economist Intelligence Unit, nos próximos quatro anos a Etiópia está prevista para ser a terceira economia do mundo em termos de velocidade de crescimento.
Essa foi uma das razões pelas quais os organizadores do Fórum Econômico Mundial (FEM) escolheram a Etiópia para sediar a Cúpula Empresarial do FEM 2012. A cúpula, que vai reunir milhares de líderes empresariais de todo o mundo, terá lugar em Adis Abeba ente 9 e 12 de maio deste ano.
O Brasil, cujo comércio com a África passou do marco de US$20 bilhões em 2010, agora tem empresas que estão começando a fazer negócios na Etiópia. A gigante da mineração Vale e a construtora gigante Andrade Gutierrez são exemplos disso.
Mas, em comparação com o número e a escala de envolvimento de empresas de outras economias emergentes como China e Índia, o envolvimento de empresas brasileiras na Etiópia, que é a economia em mais rápido crescimento na África, ainda não chega a ser significativo.
O fato de que o Brasil pretende intensificar suas relações com a Etiópia sugere que sua relação com a África agora não focaliza apenas o pequeno grupo de países produtores de petróleo, por um lado, e os países lusófonos, por outro.
É mais fácil acessar o continente africano a partir de Adis Abeba. Enquanto quase todos os países da África possuem uma embaixada em Adis Abeba, a Ethiopian Airlines tem vôos para 40 destinos no continente. E a Etiópia faz fronteira com seis países africanos.

UMA VIA DE DUAS MÃOS
Tanto o Brasil quando a África têm interesse em ver acontecer reformas nas instituições financeiras internacionais e no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Existe de ambas as partes uma crença forte em que as instituições em questão não refletem a realidade atual.
Assim, como sede da União Africana, e pelo fato de seu primeiro-ministro ser o porta-voz africano na Conferência sobre Mudanças Climáticas, no G20 e no Fórum Econômico Mundial, a Etiópia está perfeitamente posicionada para trabalhar com o Brasil para promover os interesses da África e do Brasil.
Portanto, podemos concluir que o chanceler Patriota teve toda razão quando disse a seu colega etíope, Hailmariam Desalegn, que o Brasil quer cooperar com a Etiópia em assuntos regionais e globais.
Não é apenas o Brasil indo à África, é também a África que está vindo ao Brasil.
Nos últimos dez anos, vários países africanos abriram embaixadas em Brasília. A Etiópia foi um deles. Quando o Brasil abriu sua embaixada em Adis Abeba, em 2005, a Etiópia respondeu abrindo sua embaixada em Brasília, em 2011.
O fato de a decisão da Etiópia de reabrir sua embaixada no Brasil ter sido seguida pelo fechamento de suas embaixadas na Suécia e no Canadá transmitiu uma mensagem contundente de que a Etiópia está determinada a reforçar suas relações com o Brasil.
Em sua capacidade de coordenador do Grupo África, o papel da Etiópia durante a campanha de eleição da Diretoria Geral da FAO, em 2010, de unir a África em torno do candidato brasileiro José Graziano da Silva, foi outra demonstração de sua determinação em fortalecer sua relação com o Brasil.
A Etiópia acredita que pode encontrar no Brasil parceiros para o desenvolvimento. Como o governo brasileiro, o governo etíope é progressista e busca o desenvolvimento.
No cerne de suas políticas estão a redução da pobreza, os investimentos em saúde e educação, incentivar o setor privado a liderar a economia, a ampliação de infra-estrutura como ferrovias e usinas elétricas, a transformação do setor agrícola e o apoio à exportação.
Essas medidas renderam bons frutos, resultando em um crescimento de 11,4% no PIB em 2011/2012. A entrada de investimentos estrangeiros diretos de países como China, Índia, Turquia, Arábia Saudita, França, Reino Unido, Canadá, EUA, Israel, Holanda, Alemanha, Itália, Sudão e Iêmen é atribuída a essas medidas.
Os setores de investimento em que estão engajadas as companhias dos países acima citados incluem o agronegócio, a manufatura, a construção de ferrovias e usinas elétricas e a exploração de petróleo e gás. Todos os setores acima citados são áreas em que as empresas brasileiras são boas.
Empresas brasileiras também podem envolver-se no fornecimento de maquinário ou componentes para dez fábricas de açúcar que o governo etíope pretende construir nos próximos quatro anos. Como dizem que os investimentos têm a ver com mercado e localização, as empresas brasileiras que exportam para o Oriente Médio também podem aproveitar a oportunidade de fazer negócios na Etiópia, na medida em que o país se situa ao lado do mar Vermelho.

Brasil e África do Sul igualdade e diferenças


Brasil e África do Sul tem muitas diferenças mas são grandes as semelhanças principalmente em se tratando de natureza. Os dois países tiveram suas terras colonizadas pelos europeus e sofreram com grande devastação das florestas em busca de riquezas.

Veja como a semelhança na natureza histórica dessas duas grandes nações.


Os dois países são megadiversos, países com grande biodiversidade natural.
Brasil
 é o país com maior área coberta por florestas.

África do Sul é pobre em florestas mais é um dos países mais ricos em diversidade floristica do mundo. 
Os dois países tem grande área coberta por savana: no Brasil o cerrado e na África os campos de savana africanos.
Na África do Sul a riqueza vegetal é em grande parte endêmica do países, o Brasil possui um dos maiores números de endeismo vegetal do planeta.  
Cerca de 10% de todas as espécies de plantas conhecidas são encontradas na África do Sul.

Brasil e África do Sul possuem uma inestimável riqueza de fauna. 

No Brasil vivem mais de 500 espécies de mamíferos entre elas onças e panteras, na África do Sul vivem leões, leopardos e outros gigantes da natureza como os elefantes e búfalos.
Só no Parque Nacional de Kruger na África do Sul existem mais de 120 espécies de repteis e no Brasil já são conhecidas 468 espécies.
No Brasil tem mais de 500 espécies de anfíbios no Parque do kruger são 35 espécies.
Só em Kruger existem 520 espécies de aves, no Brasil mais de 1622. 

A maior parte das espécies ameaçadas de extinção, tanto no Brasil quanto na África do Sul, estão ameaçadas principalmente pela perda do habitat e pela caça ilegal que alimenta o comercio mundial ilegal de animais selvagens.

Hoje restam apenas 1% do território Sul Africano coberto por florestas, no Brasil 93% da Mata Atlântica já foi devastada.
Existem dezenas de espécies ameaçadas ou criticamente ameaçadas nos dois países.

No entanto, há grandes esforços das duas nações para preservarem sua natureza.

Na África do Sul existem vários parques nacionais como o de Kruger onde centenas de espécies são salvas da extinção e vivem livre da ameaça do homem.
No Brasil também encontramos grandes áreas de preservação como o Parque Nacional do Pantanal Mato grossense que zela pela manutenção da vida selvagem da região.

A influência africana

A cultura africana é extremamente diversificada e suas características retratam tanto a história do povo quanto a do continente – considerado o território habitado a mais tempo na Terra. Isso acontece porque os habitantes da África evoluíram em um ambiente cheio de contrastes e com várias dimensões. Culturalmente eles diferem muito entre si, falam um vasto número de línguas, praticam diferentes religiões, vivem em habitações diversificadas e se envolvem em inúmeras atividades econômicas. Tribos, grupos étnicos e sociais formam essa população de costumes, tradições, línguas e religiões específicas.
No Brasil, a cultura africana chegou através do tráfico negreiro que trouxe para o País povos da África na condição de escravos. Formados principalmente por bantos, nagôs, jejes, hauçás e malês os africanos tiveram sua cultura repreendida pelos colonizadores. Na colônia os escravos aprendiam o português, chegavam a ser batizados com nomes portugueses e obrigados a se converterem ao catolicismo. Mesmo assim foram eles que ajudaram a dar origem às religiões afro-brasileiras, difundidas atualmente em diversas regiões do País. As mais praticadas no Brasil são o candomblé  e a umbanda.
Porém, a contribuição dos africanos na cultura brasileira não se limitou à religião. Dança, música, culinária e idioma receberam influências que prevalecem no Brasil até os dias de hoje. Na culinária regional, por exemplo, a herança africana é evidente, principalmente na Bahia. O dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite de dendê, foi introduzido na região pelos escravos e é hoje utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé. Já o idioma brasileiro ganhou novas palavras como   batuque, moleque, benze, macumba e catinga.
A música também foi muito favorecida pela cultura africana, que contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Um exemplo disso é o gênero musical lundu, que juntamente com outros gêneros deu origem à base rítmica do maxixe, samba, choro e bossa nova. Além da contribuição rítmica, também foram trazidos alguns instrumentos musicais como o berimbau, o afoxé e o agogô, todos de origem africana. O mais conhecido deles no Brasil é o berimbau, instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira. No folclore são de origem africana as danças de cateretê, jongo e o samba, e os instrumentos musicais atabaque, a cuíca e a marimba.

12 Fatos e curiosidades sobre a África do Sul


A língua “administrativa” (falada na vida pública e econômica) sul-africana é o inglês. Boa parte da população também é fluente na língua de William Shakespeare. A África do Sul, no entanto, possui mais de dez línguas oficiais.

A África do Sul tem três capitais: Pretória (administrativa), Bloemfontein (judiciária) e Cidade do Cabo (legislative).

A moeda é o rand sul-Africano. Um rand vale cerca de 0,23 real.

70% da população da África do Sul é negra. Os brancos representam 12%. Os outros 18% são indianos, asiáticos e outras etnias.

Os bôeres são sul-africanos descendentes de europeus calvinistas que falam uma língua própria chamada africâner. Falado na África do Sul e em parte da Namíbia, o africâner tem influências do holandês, inglês e outras línguas.

Existe um Joanesburgo um museu sobre o apartheid, o regime de segregação racial que vigorou durante décadas na África do Sul.

As leis de trânsito são praticamente idênticas às brasileiras. A África do Sul aceita carteira internacional de habilitação. O único cuidado que o motorista deve ter é com a “mão inglesa”.

As cidades-sedes da Copa do Mundo de 2010 são Bloemfonteim, Port Elizabeth, Durban, Rustenburgo, Pretoria, Johannesburgo, Nelspruit, Polokwane e Cidade do Cabo.

As carnes de caça são muito apreciadas pelos sul-africanos e turistas. É comum encontrar pratos com carnes de antílope (o springbok), avestruz, javali, zebra e até crocodilo nos restaurantes sofisticados.

O Parque Nacional Kruger, o mais conhecido território da vida selvagem sul-africana, é maior do que o Estado de Israel.

A fruta típica da África do Sul é a marula, conhecida no Brasil por causa do licor Amarula. Se aproveita quase tudo da marula. Com a polpa são feitas sucos, geléias e licores. Do caroço é fabricado óleo protetor para a pele. Já as folhas da árvore são usadas para tratar a má digestão.

Existe um país independente, com língua e administração próprios, que fica praticamente dentro da África do Sul e se chama Lesoto.

O que está acontecendo na África atualmente III


Assassino de líder extremista é condenado a prisão perpétua na África do Sul
Chris Mahlangu foi considerado culpado pelo assassinato do líder de extrema-direita Eugene Terre'Blanche

O sul-africano Chris Mahlangu foi considerado culpado pelo assassinato do líder de extrema-direita Eugene Terre'Blanche e condenado nesta quarta-feira à prisão perpétua pelo tribunal de Vendersdorp, no norte do país.

Mahlangu, que tinha 28 anos na ocasião do crime, foi acusado em 22 de maio deste ano de ter agredido até a morte o fundador do Movimento de Resistência Afrikaner (AWB, na sigla em inglês), um pequeno grupo de ultradireita que prega a supremacia branca e defende o regime do apartheid.

O juiz responsável pelo caso John Horn disse, ao anunciar o veredito, que diante do desrespeito pelos direitos do falecido e, sem observar qualquer expressão de remorso pelo crime, ele não via "nenhuma razão válida para não atender a sentença solicitada pelo promotor".

O outro réu, Patrick Ndlovu, de 18 anos, que era menor de idade no momento do assassinato, foi considerado culpado apenas de violar a residência da vítima, sendo condenado a dois anos de prisão condicional.

Histórico: Terre’Blanche foi encontrado morto em sua residência em Ventersdorp, em abril de 2010, com quase 30 golpes de machado em seu corpo.

Os dois acusados se declararam inocentes no início do processo. Ndlovu alegou que vivia na casa de Terre'Blanche e que sofria abuso verbal e físico enquanto Mahlangu disse que atuou em legítima defesa quando o líder de extrema-direita avançou contra ele com um machado. Mais tarde, eles alegaram que haviam discutido com o patrão por um problema com o pagamento no dia do crime e admitiram o homicídio.

"Segundo o que foi declarado por algumas testemunhas citadas pelo acusado, a divergência com a pessoa morta foi provocada por um problema de dinheiro e não por convicções políticas ou aversão aos negros", declarou o juiz em maio. Desta forma, a justiça considerou que o crime não teve origem racial.

Mundial da África do Sul: A morte de Terre'Blanche, em 2010, fomentou temores do surgimento de focos de violência no país pouco antes da realização Copa do Mundo de Futebol, que aconteceu na África do Sul naquele ano. Nenhum episódio do tipo foi registrado, no entanto.

O que está acontecendo na África atualmente II

África do Sul restringe uso de etiquetas "made in Israel"

O governo da África do Sul proibiu a partir desta quarta-feira a colocação de etiquetas "made in Israel" nos produtos procedentes dos territórios palestinos ocupados, rompendo assim com a relativa neutralidade observada em 1994 em relação ao conflito israelense-palestino.

O governo se apoia numa lei de proteção ao consumidor de 2008, que impõe a etiquetagem dos bens e produtos procedentes dos territórios ocupados para evitar que os consumidores acreditem que são de Israel. A diplomacia israelense classificou de antemão a medida como racista. A iniciativa escandalizou uma parte da comunidade judia da África do Sul, que conta com 30.000 a 40.000 pessoas.

Segundo os analistas, a medida adotada pelo conselho de ministros é, acima de tudo, simbólica. Alguns acreditam que a África do Sul, integrante do G20, do grupo de grandes potências emergentes BRICS junto com o Brasil, Rússia, Índia e China, e membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, está adotando uma atitude mais independente em relação aos Estados Unidos.

O que está acontecendo na África atualmente

África do Sul prepara homenagem para 44 mortos em massacre


As autoridades sul-africanas se preparam para honrar na quinta-feira a memória dos 44 trabalhadores mortos na mina de platina de Marikana, 34 deles pelas mãos da polícia. "Foi programada uma cerimônia de homenagem em Marikana", declarou nesta quarta-feira o secretário-geral da presidência sul-africana, Collins Chabane, em uma entrevista a uma rádio pública.

Não haverá funerais coletivos, já que os corpos dos grevistas foram entregues as suas famílias, que em muitos casos vivem longe da mina de Marikana, situada a uma hora e meia de Johannesburgo, a capital econômica do país.

Outra cerimônia está prevista em Mthatha (Cabo Oriental), a cidade mais próxima do povoado de Nelson Mandela, no sul rural do país de onde muitos dos mineiros mortos são procedentes. "A maioria é proveniente de zonas rurais, é por isso que o Cabo Oriental prepara uma cerimônia", disse Chabane, que acrescentou que "em todo o país serão realizadas homenagens".

A maioria dos mortos era de trabalhadores migrantes, embora apenas um fosse estrangeiro, de Lesoto, minúsculo país encravado no imenso território sul-africano.

As bandeiras ondeiam a meio mastro desde segunda-feira, início de uma semana de luto nacional decretado pelo presidente Jacob Zuma, cujo governo é acusado de não ter prevenido o drama e de ter gerido de maneira desastrada a crise.

"Não queremos que as cerimônias de homenagem se politizem", disse Chabane, que não informou se haverá representantes do governo em alguma das cerimônias de quinta-feira.

Há seis meses, a produção de platina na África do Sul, principal produtor mundial, vive fortes tensões exacerbadas pela crise mundial, em particular a automobilística, e que ilustram as más práticas sociais herdadas do passado que persistem no setor minerador.

Em Marikana, o drama ocorreu após as reivindicações salariais de 3 mil perfuradores, que realizam o trabalho mais perigoso. O conflito se incendiou por rivalidades intersindicais, que deixaram 10 mortos, entre eles dois policiais, antes da intervenção das forças de ordem, que abriram fogo contra os grevistas, deixando 34 mortos e 78 feridos.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Cultura Africana

Ojá


Ojá é um tipo de torço ou turbante usado na cabeça nas religiões tradicionais africanas, religiões afro-americanas, religiões afro-brasileiras, podem ser de vários tipos:

Ojá de abian e iaô, é uma tira embainhada de mais ou menos dois metros de comprimento por trinta centímetros de largura, feitas de tecido morim ou cretone sempre branco que à cor de Oxalá.

As iyalorixás, egbomis, e equédis, podem usar um ojá simples durante os afazeres diários, mas são mais elaborados com enfeites de rendas nas pontas ou mesmo bordados de richelie. Geralmente são de cor branca, mas poderão ser coloridos também. Nas festas costumam usar na cor do Orixá que está sendo homenageado.

Os babalorixás de algumas nações também usam ojás simples e brancos normalmente para os afazeres diários e mais sofisticados durante as festa também variando a cor conforme o Orixá que está sendo homenageado. Mas nem todo babalorixá gosta de usar ojá por achar um tanto feminino, como o objetivo é manter a cabeça coberta, esses optam por um gorro, boné, uma boina parecida com um solidéu, o gorro africano que cobre até acima da orelha, denominado de filá e outros usam um quipá judaico.

Os Ogans só usam ojá durante as obrigações internas, no barracão durante as festas usam um boné geralmente de cor branca.

Culinária Africana

Quebra-queixo



Ingredientes:
500 ml de água
3 colheres (rasas de chá) de ácido cítrico
3 cocos médios ralados

Modo de preparo:
Dissolva 1,5kg de açúcar em 500 ml de água e 3 colheres (rasas de chá) de ácido cítrico.
Coloque numa panela e deixe ferver. Depois de 5 minutos de fervura, acrescente 3 cocos ralados (no ralo grosso) e deixe apurar por mais 5 minutos.
Mexa de vez em quando.
Deixe em fogo médio por cerca de 30 minutos, até que a calda seque.
Desligue o fogo e deixe o quebra-queixo na panela para acentuar a cor.

Cuscuz de Legumes


Ingredientes:
1 dente de alho picado
1 cebola picada
1 lata ervilha escorrida
1 cenoura grande
1 xícara (chá) tomate picado
1 xícara (chá) palmito
1 xícara (chá) água
sal e pimenta do reino a gosto
cheiro verde (picado) a gosto
2 xícaras (chá) de farinha de milho
1 ovo cozido
Para decoração:
Tomate cortado em rodelas
Ovo cozido cortado em rodelas
Palmito cortado em rodelas

Modo de preparo:
Leve ao fogo numa panela a cebola, o alho, as ervilhas, o palmito, a cenoura, o tomate, o ovo cozido. Mexa bem, acrescente a água e, quando ferver, junte o cheiro verde mexendo bem.
Acrescente a farinha de milho e mexa bem para não empelotar.
Decore a forma com os tomates, o ovo cozido e o palmito e deite o cuscuz para tomar forma.

Curiosidades das tribos africanas


O continente africano foi o primeiro território a ser habitado e hoje é um dos mais ricos em diversidade cultural. A África abriga diversas tribos e grupos étnicos. Alguns dos mais de 50 países do continente possuem mais de 20 grupos diferentes. Cada um desses grupos e dessas tribos, que podem ser formados por centenas, milhares ou até milhões de pessoas, possuem sua própria cultura, tradições e costumes.

Tribo Surma
Essa tribo é composta por um povo isolado no sudoeste da Etiópia e suas mulheres têm como costume o uso de discos de madeira em seus lábios inferiores. Em ocasiões festivas, também costumam pintar seus corpos. O tamanho do disco é proporcional à grandeza do dote que a família da noiva pode pagar ao noivo. Elas só podem tirar o disco quando não há homens por perto. Para essa tribo, quanto maior o disco, mais bonita e rica é a mulher!

Esses costumes e tradições chamam a atenção por serem, em muitos casos, curiosos, engraçados, esquisitos, chocantes ou polêmicos.

A cultura das tribos africanas é muito rica e por isso existem várias crenças e rituais, que, na maioria das vezes, são muito distantes da nossa realidade e das crenças e tradições ocidentais.

Nós separamos alguns costumes, no mínimo diferentes, dessas tribos:

Tribo Ndebele e Padaung
A Ndebele fica em Lesedi na África. As mulheres que a habitam usam pesadas argolas de metal no pescoço, pernas e braços, depois que casam. Segundo elas, as argolas servem para não fugirem de seus maridos e nem olharem para o lado.


Na tribo de Padaung, em Burma, as mulheres também têm o mesmo costume e são conhecidas como “mulheres girafas”. O pescoço delas é alongado utilizando anéis metálicos, que podem alcançar até 30 centímetros, e vçao sendo substituídos até atingirem a fase adulta.Para o povo Padaung o pesçoço é o centro da alma, é a identidade da tribo, por isso protegem muito bem com os anéis feitos de latão e cobre, que também são colocados nos pulsos e tornozelos. Eles chegam a pesar até 12 quilos com 8.5 milímetros de diâmetro.As mulheres retiram os anéis para tomar banho, mas, segundo elas, depois de dez anos contínuos usando essas argolas elas passam a sentir como se fossem parte do seu corpo.

Tribos da Nigéria
Em algumas regiões da Nigéria, as mulheres fazem escarificações no corpo, marcas feitas com cortes na pele que representam fases importantes em suas vidas. Quando cicatrizam, os cortes ficam parecidos com uma renda. Como elas não usam roupas, as cicatrizes também são estéticas e símbolo de beleza.As marcas começam a serem feitas a partir dos 5 anos de idade, em partes específicas do corpo, obedecendo uma sequência. As jovens só são consideradas adultas e aptas para o casamento quando toda a sequência de desenhos estiverem completas.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Dança cultural Afro-brasileira

Cultura africana no Brasil III


A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante o longo período em que durou o tráfico negreiro transatlântico. A diversidade cultural da África refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas.

Os africanos trazidos ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo.

Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco,Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.

Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.

A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé.

Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais.

Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colônial.

Video de capoeira


Cultura africana no Brasil II

A África é um continente de grande diversidade cultural que se vê fortemente ligada à cultura brasileira. Os africanos prezam muito a moral e acreditam até que esta é bem semelhante à religião. Acreditam também que o homem precisa respeitar a natureza, a vida e os outros homens para que não sejam punidos pelos espíritos com secas, enchentes, doenças, pestes, morte etc. Não utilizavam textos e nem imagens para se basearem, mas fazem seus ritos a partir do conhecimento repassado através de gerações antigas.

Seus ritos são realizados em locais determinados com orações comunitárias, danças e cantos que podem ser divididos em: momentos importantes da vida, integração dos seres vivos e para a passagem da vida para a morte.

Sua influência na formação do povo brasileiro é vista até os dias atuais. Apesar do primeiro contato africano com os brasileiros não ter sido satisfatório, esses transmitiram vários costumes como:

A capoeira, que foi criada logo após a chegada ao Brasil na época da escravização como luta defensiva, já que não tinham acesso a armas de fogo;

O candomblé, que também marca sua presença no Brasil, principalmente no território baiano onde os escravos antigamente eram desembarcados;

A culinária recebeu grandes novidades africanas, como o leite de coco, óleo de palmeira, azeite de dendê.

Cultura africana no Brasil


Dentre os negros que vieram escravizados para o Brasil, grande parte eram provenientes dos sudaneses e bantos. Os sudaneses eram os iorubas, os qêqes, os minas e os fanti; os bantos eram os angolas, os banguelas, os congos e os moçambiques.

Os sudaneses foram levados para a Bahia, e os bantos para o Rio de Janeiro, Maranhão, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Pará e Amazonas. Os africanos trazidos para o Brasil possuíam uma religião politeísta que logo impregnou-se de cristianismo.

A mistura de devoção gerou o sincretismo religioso, quando uma imagem de santos católicos representava os santos africanos. Africanos de origem islâmica como os fulas e os mandes também foram trazidos para o Brasil e apresentavam uma religiosidade em Alá e Mariama.

A língua portuguesa falada no Brasil recebeu fortes influências africanas, termos como batuque, moleque, benze, macumba. catinga, e muitos outros passaram a ser usados no país.

No folclore são de origem africana as danças de cateretê, jongo e o samba; e instrumentos musicais como o atabaque, a cuíca, a marimba e o berimbau.